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Foto do escritorNova Amargosa FM

Casos de Mpox no Brasil tem média mensal de 40 a 50 novas infecções e OMS declara mpox como “emergência global”

Pela primeira vez desde a pandemia de COVID-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou uma Emergência Sanitária Global por outra doença: a mpox.

A mpox, que antes era conhecida como “varíola dos macacos”, já está presente em 13 países, incluindo o Brasil, e também foi considerada uma “emergência de saúde pública” pelo Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças (CDC África).

Essa emergência já tinha sido declarada em 2022, quando mais de 70 países, onde a doença não era comum, detectaram o vírus. Naquela época, os homens homossexuais e bissexuais foram os mais afetados. No entanto, como a taxa de morte era menor que 1%, o alerta foi retirado em maio de 2023.

Porém, com o aumento dos casos no primeiro semestre de 2024, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, chamou uma reunião de emergência na sede da organização, em Genebra.

A OMS também informou que a mpox está se espalhando em várias partes do mundo. Em junho, foram registrados quase mil novos casos, principalmente na África (567 casos), América (175 casos), Europa (100 casos) e Pacífico Ocidental (81 casos).

Em agosto de 2022, o Brasil enfrentou um pico de mais de 40 mil casos de mpox, conhecida como varíola dos macacos, marcando um momento crítico na luta contra a doença. No entanto, um ano depois, o cenário mudou drasticamente, com pouco mais de 400 casos notificados até agora. O mês de janeiro deste ano registrou o maior número de novos casos em 2023, com mais de 170 notificações.

De acordo com a Agência Brasil, os dados de agosto deste ano mostram uma média de 40 a 50 novas infecções por mês. O Ministério da Saúde considera essa redução significativa, embora o risco da doença ainda não possa ser totalmente descartado.

O perfil epidemiológico revela que 91,3% dos casos confirmados são em homens, com 70% dos infectados na faixa etária de 19 a 39 anos. A idade mediana dos pacientes é de 32 anos. Entre os jovens, 3,7% dos casos ocorreram em indivíduos com até 17 anos, e 1,1% dos infectados eram crianças de até 4 anos.

Além disso, quase metade dos diagnosticados (45,9%) relatou viver com HIV, e entre os homens, esse índice chega a 99,3%. A mediana de idade dos pacientes com HIV que testaram positivo para mpox é de 34 anos. O Ministério da Saúde também registrou 23 casos de gestantes infectadas em diferentes estágios da gravidez entre 2022 e 2024.

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